“Lá está ela, mais uma vez. Não sei, não vou saber, não dá pra entender como ela não se cansa disso. Sabe que tudo acontece como um jogo, se é de azar ou de sorte, não dá pra prever. Ou melhor, até se pode prever, mas ela dispensa.
Acredito que essa moça, no fundo gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva bóias. E se ela se afogar, se recupera.
Estranho e que ela já apanhou demais da vida. Essa moça tem relacionamentos estranhos, acho que ela está condicionada a ser uma pessoa substituta. E quem não é?
A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas?
A moça…ela muito amou, ama, amará, e muito se machuca também. Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar.
Às vezes esse alguém aparece, outras vezes, não. E pra ela? Por quem ela espera?
E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará.
A moça – que não era Capitu, mas também têm olhos de ressaca – levanta e segue em frente.
Não por ser forte, e sim pelo contrário… Por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo.”
sábado, 30 de julho de 2011
sexta-feira, 29 de julho de 2011
21. Da volta da Poesia
Bienvenida
Benedetti
Se me ocurre que vas a llegar distinta
no exactamente más linda
ni más fuerte
ni más docil
ni más cauta
tan solo que vas a llegar distinta
como si esta temporada de no verme
te hubiera sorprendido a vos también
quizá porque sabes
cómo te pienso y te enumero
después de todo la nostalgia existe
aunque no lloremos en los andenes fantasmales
ni sobre las almohadas de candor
ni bajo el cielo opaco
yo nostalgio
tu nostalgias
y cómo me revienta que él nostalgie
tu rostro es la vanguardia
tal vez llega primero
porque lo pinto en las paredes
con trazos invisibles y seguros
no olvides que tu rostro
me mira como pueblo
sonríe y rabia y canta
como pueblo
y eso te da una lumbre
inapagable
ahora no tengo dudas
vas a llegar distinta y con señales
con nuevas
con hondura
con franqueza
sé que voy a quererte sin preguntas
sé que vas a quererme sin respuestas.
Benedetti
Se me ocurre que vas a llegar distinta
no exactamente más linda
ni más fuerte
ni más docil
ni más cauta
tan solo que vas a llegar distinta
como si esta temporada de no verme
te hubiera sorprendido a vos también
quizá porque sabes
cómo te pienso y te enumero
después de todo la nostalgia existe
aunque no lloremos en los andenes fantasmales
ni sobre las almohadas de candor
ni bajo el cielo opaco
yo nostalgio
tu nostalgias
y cómo me revienta que él nostalgie
tu rostro es la vanguardia
tal vez llega primero
porque lo pinto en las paredes
con trazos invisibles y seguros
no olvides que tu rostro
me mira como pueblo
sonríe y rabia y canta
como pueblo
y eso te da una lumbre
inapagable
ahora no tengo dudas
vas a llegar distinta y con señales
con nuevas
con hondura
con franqueza
sé que voy a quererte sin preguntas
sé que vas a quererme sin respuestas.
quinta-feira, 14 de julho de 2011
19. hey ho, lets go!

Ontem foi o dia do Rock. Rock foi um som que não entrou na minha vida naturalmente. Ele foi trazido. Sempre fui da bossa nova, do samba, do clube da esquina. Mas o rock sempre esteve presente.
Começou pelo meu irmão e sua tara por Legião. Depois veio Barão. Renato e Cazuza foram meus primeiros amores do Rock. Para não falar de Lobão, meu amor bandido. Em 90 minha prima me levou no show do Paul. E o que era apenas uma leve paquera, virou amor para toda vida.
O amigo da faculdade que me fez conhecer e gostar de Bon Jovi, Aerosmith, Guns e outras farofas. Ozzy já foi demais para mim...
E também o outro amigo que me deu fitinhas cassete com Pearl Jam, Prince, Nirvana... e várias aulinhas de música: a inesquecível foi numa noite gelada em Nova York regada de várias Budweisers, onde me foi contada a História do Rock.
Depois vieram o primo e seus amigos tatuados. Passei a conviver com Ramones, Queen, Bowie, Janis Joplin, Jimi Hendrix, Faith no More, Alice in Chains, Foo Fighters, Radiohead.... e até Gangrena Gasosa!!
Fui a shows onde não entendia uma palavra do que era cantado, nem compreendia como aquilo podia ser chamado de música, mas quem estava no palco era amigo, amigo de verdade, pra toda vida.
E até já consegui definir meu estilo. Se fosse do Rock, seria indie: Coldplay, Belle and Sebastian e The Strokes foram sons que descobri sozinha. Ou quase...
Rock pra mim são meus amigos. Nunca sofri bulling por ser o elemento "hippie-bossa nova" no meio dos rockeiros. Pelo contrário. Sempre ouvi: "você não conhece esse som? Como assim? Tem que conhecer. Vou gravar para você." Rock agrega, é impressionante. Sendo assim, me sinto em casa. Esse povo do Rock recebe todo mundo, cospe cerveja na tua cara, te abraça, ri e chora junto. Até o dia clarear, claro.
Rock pra mim é aconchego, afeto, carinho de graça. É simplicidade. E sentar na praça com caixinha de som. É ir no boteco onde se pode plugar o ipod. Nós, "hippie-bossanovistas" somos densos demais, filósoficos demais. Rock é "bota um som, uma cerveja pra gelar e vamos jogar conversa fora e rir um bocado". E eu gosto muito disso.
Dia do Rock para mim é igual a dia do amigo. Oh yeah!
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