
Café. Vodka com blueberry. Vodka com suco de manga. Vodka com coca zero. Cerveja. Qualquer coisa pra você gostar de mim. Eu acredito em primeiros beijos, falava dias antes: “sei no primeiro beijo se alguém será especial ou não”. Não queria mais te beijar quando você chegou perto de mim, não lembrava sequer do teu nome. Carnaval e vodka de sacolé com Beatles em ritmo de samba e punk rock alemão no carro. Você chegou perto, rindo, na boate gay e eu me arrepiei, butterflies in the stomach antes mesmo da sua boca encostar na minha . Não lembro quais, mas mais de cinco músicas tocaram no nosso primeiro beijo. Minha cabeça girava e se censurava: “não se apaixona, não sente isso tudo, ele vai embora amanhã”. E a dúvida, dissipada quando a distância entre a sua boca e a minha era quase imperceptível, me fazia concordar com tudo que o seu inglês com sotaque carregado me falava. Você me beijava e eu concordava. O verbo, que foi sempre a minha maior arma de conquista e o que um homem deveria usar para me conquistar, não fazia muita diferença – a gente se entendia no toque, no olhar, no clichê dos amores pseudo-românticos de carnaval. E minha cabeça girando, rodando, enlouquecendo, tentando se manter no presente mas querendo futuro antes de ter passado. Amanheci com seu corpo grudado no meu, seguido de um “I want to see you later” que nunca se concretizou. A quarta-feira de cinzas chegou, o ano começou, e eu nunca soube teu signo.
Sério que você não sabe o signo dele? O álcool faz coisas que nos surpreendem. Tô chocada.
ResponderExcluirP.s: Adorei a fotinho.